Com dois a menos, Corinthians bate Grêmio e segue líder do Brasileirão

Na véspera do aniversário de 1o1 anos, o Corinthians precisou suar a camisa para vencer o Grêmio por 3 a 2 no Pacaembu, nesta quarta-feira (31), pelo Campeonato Brasileiro. Chicão, de pênalti, Paulinho e Ramon marcaram os gols da vitória, enquanto Douglas e André Lima descontaram para o time gaúcho.

Nesta rodada, a CBF estreou um novo horário dos jogos: às 18h de quarta-feira. Isso refletiu diretamente no público. Tinha torcedor que saiu direto do trabalho, um prevenido que comprou pela internet e outro que vestia terno e gravata, peça rara em um estádio de futebol. “Eu moro em São Paulo, mas viajei para Brasília a trabalho, voltei hoje e vim direto do aeroporto”, dizia ele, orgulhoso.

A vitória aliviou uma pressão sob o técnico Tite, visto que o time tinha conseguido apenas duas vitórias nos últimos nove jogos e no último domingo (28) perdeu de virada para o rival Palmeiras por 2 a 1. Para mudar esta realidade, ele sacou Jorge Henrique e escalou Edenílson no jogo contra o Grêmio. O meia atacante se destacou como um dos personagens do jogo. Com Danilo bem marcado por Fábio Rochemback, o ex-jogador do Caxias foi o principal responsável por armar as jogadas do Corinthians no primeiro tempo.

O primeiro gol saiu após uma jogada entre Emerson e Adilson na área do Grêmio. O atacante caiu e o árbitro marcou pênalti. Aos 16 minutos, Chicão bateu no lado direito de Victor, que acertou o canto mas não alcançou a bola. 1 a 0. A torcida corintiana foi à loucura e o zagueiro correu em direção ao banco de reservas e abraçou Jorge Henrique. Na saída de campo, Chicão contou que era para mostrar que o grupo de jogadores está unido.

O Grêmio partia para o ataque com as jogadas pelas laterais com Júlio César e Escudero, além de lançamentos para o centroavante André Lima. Embalado pela torcida, o Corinthians apertou a marcação e fez com que os visitantes investissem nas jogadas de bola parada.

Aos 40 minutos do primeiro tempo, Edenílson chegou atrasado, fez falta em André Lima próximo à grande área e recebeu amarelo. Na cobrança, Douglas bateu colocado e Júlio César se esticou, mas não evitou o empate do Grêmio. “Ali é quase impossível, do jeito que foi eu não tinha como pegar, ele pegou muito bem na bola”, assumiu o goleiro ao sair do campo.

O Corinthians começou o segundo tempo pressionando o adversário. O Grêmio, por sua vez, assustava com as jogadas pelas laterais e nas jogadas de bola parada com Douglas, que aos 10 quase marcou um gol olímpico. Com a marcação reforçada, Tite resolveu dar mais mobilidade ao time e chamou Jorge Henrique. A torcida se agitou com a entrada do camisa 23, que substituiu o apagado Danilo aos 18 minutos.

Jorge Henrique participou da jogada que resultou no segundo gol do Corinthians. Edenílson e Alessandro puxaram a marcação, Jorge trocou passes com os companheiros e a bola sobrou para Paulinho, que ficou livre de marcação e bateu rasteiro, no canto esquerdo de Victor. Logo depois, em uma jogada de contra ataque, Emerson trocou passes com Jorge Henrique e Ramon. O lateral recebeu na pequena área e chutou para marcar o primeiro gol com a camisa do Corinthians.

Em uma jogada isolada no meio-campo, Liedson atingiu Fábio Rochemback e foi expulso. “Não fui para fazer a falta, ele gritou e o juiz caiu na dele”, reclamou o camisa 9.

Para dar mais ânimo ao time, o técnico Celso Roth colocou Leandro e Brandão nos lugares de Escudero e Marquinhos. Eles conseguiram chegar com perigo à área do Corinthians. Douglas mostrou que realmente faz a diferença. Ele bateu escanteio, a bola cruzou a área e chegou até André Lima, que chegou nas costas de Alessandro e cabeceou para fazer o segundo gol do Grêmio.

Jogando com um a menos, Tite presumiu que o Corinthians seria sufocado pelo adversário e pensou em colocar o zagueiro Wallace. Quando o quarto árbitro levantou a placa para anunciar a substituição, Edenílson caiu no meio do campo e o juiz entendeu que ele estava retardando o jogo. O meio-campista foi advertido com o segundo cartão amarelo e, em seguida, o vermelho. Os jogadores do Corinthians cercaram o árbitro e a torcida protestou.

Sem saída, Tite trocou a substituição e tirou Emerson. O time gaúcho tentou transformar a superioridade numérica em gols, mas o Corinthians conseguiu segurar a vitória e saiu de campo ovacionado pela torcida.

No próximo domingo (4), o Corinthians enfrenta o Coritiba no Couto Pereira. Para este jogo o técnico Tite não terá Liedson, Emerson e Edenílson, suspensos, e Ralf, que estará com a Seleção Brasileira para disputar o amistoso contra Gana em Londres na próxima segunda (5). Com isso, Alex e Willian podem voltar ao time titular no jogo de Curitiba.

Com o 3 a 2, o Corinthians chegou aos 40 pontos na tabela e continua líder do Campeonato Brasileiro. O vice líder é o Vasco, que bateu o Ceará e chegou a 38 pontos. Em terceiro lugar ficou o Botafogo, que venceu o Palmeiras por 3 a 1. Flamengo e São Paulo completam o G-4 (que neste caso vira G-5). Vale lembrar que como campeão da Copa do Brasil, o Vasco já está classificado para a Libertadores 2011. Portanto, se o campeonato terminasse hoje os cinco times estariam classificados para a competição internacional.

FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 3 X 2 GRÊMIO

Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)

Data: 31 de agosto de 2011 (quarta-feira), às 18h (de Brasília)

Árbitro: André Luiz de Freitas Castro (GO)

Assistentes: Marrubson Melo Freitas (GO) e Fábio Pereira (DF)

Cartões amarelos: Edenílson, Liedson (Corinthians); Adilson, Leandro, Douglas (Grêmio)

Cartões vermelhos: Liedson e Edenílson (Corinthians)

Gols: Chicão, aos 16 minutos do primeiro tempo; Paulinho, aos 19, e Ramon, aos 22 minutos do segundo tempo (COR), Douglas, aos 40 minutos do primeiro tempo; André Lima, aos 28 minutos do segundo tempo (GRE)
Público: 16.588
Renda: R$ 439.924,00

CORINTHIANS: Julio Cesar; Alessandro, Chicão, Paulo André e Ramon (Welder); Ralf, Edenílson, Paulinho e Danilo (Jorge Henrique); Emerson (Wallace) e Liedson. Técnico: Tite

GRÊMIO: Victor; Adilson, Vilson (Edcarlos), Saimon e Julio Cesar; Fábio Rochemback, Fernando, Douglas, Marquinhos (Leandro) e Escudero (Brandão); André Lima. Técnico: Celso Roth


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Pressionado por bons resultados, Corinthians enfrenta o Grêmio

Após ser derrotado por 2 a 1 pelo rival Palmeiras no último domingo, o Corinthians enfrenta o Grêmio em busca de recuperação na noite desta quarta-feira (31), véspera de seu aniversário de 101 anos. A partida, que abre o segundo turno do Campeonato Brasileiro, será realizada às 18 horas, no estádio do Pacaembu.

Após um começo avassalador na competição, quando se manteve invicto nas dez primeiras rodadas, o Timão vive um momento complicado. Apesar de ainda permanecer na liderança, com 37 pontos, a equipe venceu apenas dois dos últimos sete jogos e viu os rivais Flamengo (36) e São Paulo (35) se aproximarem na tabela.

Pressionado por bons resultados para se manter na primeira colocação, o técnico Tite não poderá contar com força máxima para o duelo desta quarta. O zagueiro Leandro Castán, que havia atuado em todas as partidas do time neste Brasileirão, recebeu o terceiro cartão amarelo no confronto contra o Palmeiras e está fora. Paulo André vai assumir o lugar na zaga. Quem também desfalca a equipe é o meia Alex, que está com uma tendinite na coxa direita.

Outra mudança está na formação tática. Após sofrer oito gols em apenas quatro jogos, Tite decidiu reforçar a proteção no meio de campo. Assim, o atacante Jorge Henrique perdeu a vaga entre os titulares para a entrada do volante Edenilson. Dessa forma, o Timão vai atuar no 4-3-1-2, apenas com Liedson e Emerson no ataque.

Na 15ª colocação, com 21 pontos, o Grêmio, empolgado pela vitória no Gre-Nal do último domingo, busca afastar de vez os resultados negativos que marcaram a participação do time primeiro turno. Atualmente, a equipe gaúcha está a apenas três pontos de distância da zona de rebaixamento. No entanto, o técnico Celso Roth não contará com o lateral Mário Fernandes, que está suspenso.

FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS X GRÊMIO

Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 31 de agosto de 2011, quarta-feira
Horário: 18 horas (de Brasília)
Árbitro: André Luiz de Freitas Castro
Assistentes: Marrubson Melo Freitas (GO) e Fábio Pereira (DF)

CORINTHIANS: Julio Cesar; Alessandro, Chicão, Paulo André e Ramon; Ralf, Edenílson, Paulinho e Danilo; Emerson e Liedson
Técnico: Tite

GRÊMIO: Victor; Spessato (Adilson), Vilson, Saimon e Julio Cesar; Fábio Rochemback, Fernando, Douglas, Marquinhos e Escudero (Leandro); André Lima
Técnico: Celso Roth

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Se depender de retrospecto, Corinthians será penta

Das quatro vezes em que foi campeão, Timão ganhou primeiro turno em três

O Campeonato Brasileiro chegou à sua primeira metade e o Corinthians sagrou-se campeão simbólico do primeiro turno. Para chegar, de fato, a levantar a taça, o Timão ainda tem um longo caminho pela frente. Nos últimos cinco anos, quando o Brasileirão passou a ter 38 rodadas, a média de pontos dos campeões girou em torno dos 74 pontos.

O Corinthians terminou a primeira fase com 37 e, teoricamente, precisaria repetir o mesmo desempenho, com 11 vitórias e 4 empates, para ganhar o seu quinto título nacional. Mas e nos anos em que realmente foi campeão? Como o Corinthians terminou a primeira fase? Acompanhe abaixo o levantamento feito pelo É Preto no Branco.

Campeonato Brasileiro de 1990: segundo lugar

Explicando o regulamento: Em 90, o regulamento do Brasileirão envolvia duas fases de grupos e o famigerado mata-mata. Eram formados dois grupos com 10 times cada. Na primeira fase, o Grupo A enfrentava o Grupo B. Na segunda, os times enfrentavam os companheiros de grupo. Os dois times com as piores campanhas, somando os pontos das duas primeiras fases, eram rebaixados. 

Passavam para a terceira fase, a de mata-mata, o vencedor de turno de cada grupo e as outras quatro melhores campanhas seguintes, totalizando oito times. Formava-se, então, a fase eliminatória, com quartas-de-final, semi-final e final. 

É importante notar que, em 1990, o Brasileirão ainda trabalhava com o sistema de pontos antigos. Para cada vitória, somava-se dois pontos. Somente em 1995 a CBF adotou os três pontos para cada vitória.

O Corinthians: Em 90, o Corinthians ficou no grupo A. Na primeira fase, enfrentando os times do grupo B, somou 14 pontos (6 vitórias, 2 empates e 2 derrotas) e ficou em segundo lugar no A. Na segunda fase, ficou em penúltimo. Só conseguiu a classificação para o mata-mata porque a somatória dos pontos lhe davam a quarta e última vaga. Enfrentou  Atlético-MG, Grêmio e a ganhou as duas partidas da final em cima do São Paulo.

Campeonato Brasileiro de 1998: primeiro lugar

Explicando o regulamento: O Brasileirão de 98 tinha duas fases: um turno, em que os 24 times se enfrentavam, e uma fase de mata-mata, com 8 times passando às quartas-de-final, em que o melhor classificado enfrentava o último. Eram rebaixados os times com as quatro piores campanhas. 

É importante frisar que o regulamento permitia que os confrontos da fase de mata-mata fossem decididos em até três partidas, caso houvesse necessidade. Se uma equipe vencesse os dois primeiros jogos, não haveria a necessidade de um terceiro. 

O Corinthians:  O Timão se classificou em primeiro lugar com 46 pontos, com 14 vitórias, 4 empates e 5 derrotas. Nas finais, o Corinthians fez uso das três partidas em todos os confrontos. Eliminou Grêmio, Santos e foi campeão em cima do Cruzeiro.  

Campeonato Brasileiro de 1999: primeiro lugar

Explicando o regulamento: O Brasileirão de 99 tinha o regulamento bem parecido com o 98. A diferença reinava no número de equipes que disputavam   o Campeonato: eram 22 equipes, não mais 24. Os times também se enfrentavam em turno e depois em mata-mata. A regra dos três jogos para cada confronto também era válida. . 

O Corinthians:  O Timão tornou a se classificar em primeiro. Fez 21 jogos e obteve 14 vitórias, 2 empates e 2 derrotas, somando 44 pontos. Na segunda fase, eliminou Guarani e São Paulo – com três e dois jogos, respectivamente – e foi campeão jogando três partidas em cima do Atlético – MG. 

Campeonato Brasileiro de 2005: primeiro lugar

Explicando o regulamento: O quarto brasileirão do Corinthians foi conquistado na era dos pontos corridos. Em 2005, 22 times se enfrentavam em turno e returno, e aquele que somasse o maior número de pontos no final da 42ª rodada levantava a taça. O Campeonato foi marcado pelo escândalo da Máfia do Apito, em que o árbitro Edílson Pereira de Carvalho foi acusado de manipular resultados de jogos e 11 deles acabaram remarcados. 

O Corinthians: O Timão teve dois jogos anulados, ambos derrotas contra  Santos (primeira fase) e São Paulo (segunda fase). Com a remarcação, os resultados negativos foram convertidos em uma vitória e um empate, respectivamente. 

No primeira fase, o Corinthians terminou líder, com 42 pontos, um a mais que o vice-líder Fluminense. Foram 21 jogos, 13 vitórias (incluindo aqui a vitória sobre o Santos), 3 empates e 5 derrotas.  Ao final, o Timão fez 81 pontos, com 24 vitórias, 9 empates e 9 derrotas e levantou a taça. O Internacional, que também teve um jogo anulado, mas repetiu o resultado na remarcação ( 3×2 em cima do Coritiba), foi o segundo colocado, com 78 pontos. 

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Corinthians perde para o Palmeiras, mas permanece líder

Na semana em que completa 101 anos, o Corinthians não poderia ter recebido um presente pior. Na tarde deste domingo (28), em jogo válido pela  19ª  rodada do Campeonato Brasileiro, o Timão foi derrotado pelo rival Palmeiras por 2 a 1. A partida foi disputada no estádio Eduardo José Farah, o popular Prudentão, em Presidente Prudente (SP).

Apesar da derrota, o Corinthians permaneceu na ponta da tabela, com 37 pontos, e conquistou o título simbólico do primeiro turno do Brasileirão, com um ponto de vantagem sobre o vice-líder Flamengo, que empatou com o Vasco. Já o Palmeiras está com 32 pontos e ocupa a sexta colocação.

O jogo começou equilibrado e com pouca velocidade. Sem contar com o meia Alex, que sentiu dores na coxa direita, o técnico Tite voltou a utilizar o esquema com três atacantes, utilizado nas primeiras rodadas do Brasileirão. Assim, Emerson iniciou entre os titulares, ao lado de Liedson e Jorge Henrique.

Foi exatamente o Sheik quem protagonizou o primeiro lance de perigo da partida. Aos seis minutos, o atacante recebeu passe de Ramon e bateu cruzado. Marcos defendeu e evitou o gol corintiano.

A resposta do Palmeiras veio logo em seguida. Aos oito, Patrik avançou pela direita e cruzou no primeiro pau. Kleber apareceu livre, antecipou o goleiro Júlio César e cabeceou firme. A bola passou muito perto da trave direita. O Verdão chegou com perigo novamente aos 13. Kleber recebeu a bola na área e bateu forte, rente a trave, e obrigou o goleiro Júlio César a espalmar para escanteio.

Apesar do ligeiro domínio palmeirense, quem abriu o placar foi o Timão. Aos 18, Ramon fez jogada pela esquerda, passou por dois adversários e chutou para a defesa de Marcos, que deu rebote. Emerson aproveitou o lance pela direita e cruzou. O zagueiro Henrique não conseguiu cortar e a bola foi direto para o gol, sem chances para o goleiro palmeirense.

Aos 20, o forte calor, de aproximadamente 35°C, fez com que o árbitro Luiz Flavio de Oliveira interrompesse a partida com uma parada técnica, para que os jogadores pudessem se refrescar.

Após a paralisação, o Palmeiras ficou mais ofensivo. Em desvantagem no placar, Murtosa, substituto do técnico Luiz Felipe Scolari, suspenso pelo STJD, promoveu a estreia do atacante Fernandão, recém-chegado do Guarani, no lugar de Patrik.

Com mais um homem de frente e maior volume de jogo, o Verdão conseguiu o empate aos 34. Marcos Assunção cobrou escanteio pela esquerda, Júlio César não conseguiu afastar e a bola sobrou na entrada da pequena área para Luan, que chutou forte e deixou tudo igual em Presidente Prudente.

Após o intervalo, logo aos sete minutos, o Palmeiras conseguiu a virada. Marcos Assunção fez lançamento preciso para o estreante Fernandão na marca do pênalti. O atacante, livre de marcação, dominou no peito e, sem deixar a bola cair, tocou na saída de Júlio César.

Sem muitas opções ofensivas entre os reservas, Tite colocou o atacante Willian no lugar de Danilo, único homem de criação no Corinthians. Assim, Emerson recuou para jogar no meio de campo. Apesar da alteração tática, o Timão não apresentou melhora e o jogo perdeu ainda mais velocidade.

Preocupado em segurar a vantagem no placar, o Palmeiras se retraiu na defesa e passou a apostar nos contra-ataques, mas pouco assustou. A última chance do Corinthians aconteceu já no final do jogo, aos 43. Liedson recebeu a bola na entrada da área, girou sobre a marcação e chutou rasteiro para a defesa em dois tempos do goleiro Marcos.

O Corinthians volta a campo na próxima quarta-feira (31), um dia antes de seu 101º aniversário, quando recebe o Grêmio, às 18 horas, no Pacaembu. Na mesma data, mas às 21h50, o Palmeiras visita o Botafogo, no Engenhão.

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Corinthians busca título do primeiro turno em cima do rival Palmeiras

Fim de turno no campeonato brasileiro agora é sinônimo de rodada de clássicos. E o Corinthians faz, neste domingo (28), o seu contra o rival Palmeiras.

Às 16 horas, o Timão, com 37 pontos, vai até Presidente Prudente em busca do título de campeão da primeira metade do Brasileirão. Já o Verdão, ocupando a sexta posição com 29 pontos, quer apenas não se distanciar do G4, que classifica os times para a Libertadores.

Apesar de líder no Campeonato, vencer o Palmeiras não será tarefa fácil. O Corinthians entra em campo sem Alex, que vinha se destacando em jogadas de bola parada, e Alessandro, titular absoluto da lateral esquerda.

Já o Palmeiras entra sem Maikon Leite e tenta apagar o incêndio da semana: o atacante Kleber, um dos principais jogadores do time, teve uma ficha cadastral liberada por uma das torcidas organizadas do Corinthians e acabou admitindo que, quando mais jovem, era torcedor do Timão.

 PALMEIRAS X CORINTHIANS

Data: Domingo(28), às 16h (horário de Brasília)
Local: Estádio do José Eduardo Farah (Prudentão),  Presidente Prudente (SP)

Palmeiras: Marcos, Márcio Araújo, Thiago Heleno, Henrique e Gabriel Silva; Chico, Marcos Assunção, Valdivia e Patrik (Vinícius); Luan e Kleber. Técnico: Luis Felipe Scolari.

Corinthians: Julio Cesar; Wallace, Chicão, Leandro Castán e Ramon; Ralf, Paulinho e Danilo; Jorge Henrique, Emerson e Liedson. Técnico: Tite.

Arbitragem: Luiz Flávio de Oliveira, Marcelo Carvalho van Gasse e Vicente Romano Neto.

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Tite deve abandonar esquema com dois armadores para o clássico

O esquema tático com dois meias na armação, implantado recentemente no Corinthians, pode estar com os dias contados. Em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (26), no CT Joaquim Grava, o técnico Tite confirmou que deve realizar mudanças na equipe para o clássico contra o Palmeiras. Assim, Danilo e Alex, que atuaram juntos nos últimos cinco jogos, vão brigar por uma vaga no meio de campo.

“Nesse jogo, tenho três de velocidade, vão jogar dois. Tenho dois de armação que estavam jogando, possivelmente joga um só”, disse.

O treinador deve optar pela alteração por conta dos últimos resultados. Desde que começou a atuar com dois armadores, o Corinthians perdeu uma partida, teve três empates, e conquistou apenas uma vitória. Apesar do baixo desempenho, Tite evitou criticar Danilo e Alex.

“Individulamente eles estão bem, mas junto do contexto ainda precisa um pouco mais de tempo para analisar”, avaliou.

Dessa forma, o Timão deve retornar ao esquema utilizado no início do Campeonato Brasileiro, com um armador, dois atacantes abertos pelas laterais e um centroavante. Willian e Emerson brigam pela vaga no ataque ao lado de Liedson e Jorge Henrique.

Corinthians e Palmeiras se enfrentam no próximo domingo (28), às 16 horas, no estádio Prudentão, em Presidente Prudente (SP).

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“Kleber é profissional e vai dar trabalho”, diz Leandro Castán

A informação de que o atacante Kleber, do Palmeiras, se filiou à Gaviões da Fiel, em 2001, não causou tanta repercussão no Corithians. Em entrevista coletiva, o zagueiro Leandro Castán disse que a notícia não vai prejudicar o desempenho do jogador palmeirense no clássico do próximo domingo (28).

Confira o áudio:

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Andrés se irrita com desempenho do Timão nos últimos jogos

A paciência do presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, com o baixo rendimento do time nos últimos jogos, parece ter chegado ao fim. Em entrevista publicada nesta quarta-feira (24), pelo jornal Diário de S.Paulo, o dirigente fez questão de criticar a postura da equipe e lembrou o desfecho do último Campeonato Brasileiro, quando o Timão perdeu pontos importantes nas rodadas finais e viu o Fluminense ser campeão.

“Só reclamo quando marco reunião. Eu sei que os jogadores são seres humanos e têm altos e baixos, mas não pode: estamos perdendo um campeonato ganho de novo”, analisou Andrés.

Apresar de irritado com o desempenho nos últimos jogos, Andrés novamente saiu em defesa do técnico Tite e colocou a maior parcela da culpa no elenco corintiano.

“O Tite erra e acerta como todos os treinadores. O problema são os jogadores, que perdem um jogo como o do Figueirense. Também não consegui engolir o empate com o Ceará e a derrota para o Avaí.”

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A Voz do Povo: Willian deve continuar na reserva

Vice-artilheiro do Corinthians neste Brasileirão, com cinco gols, o atacante Willian foi sacado do time titular pelo técnico Tite. Queridinho da torcida no início do Campeonato, o ex-jogador do Figueirense agora também sofre com a pressão pelo jejum de gols. Dos internautas que responderam a enquete do “É Preto no Branco”, 66% concordam com Tite.

Com a volta de Liedson, que ficou afastado por ter machucado o joelho, Tite resolveu alterar o esquema com dois atacantes de ofício, deixou Jorge Henrique mais recuado. Willian continua no banco de reservas, como aconteceu no jogo deste sábado (20), na derrota por 2 a 0 para o Figueirense.

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Aposentado sim, mas só do futebol

Com três novas ocupações, Marcelinho Carioca fala sobre aposentadoria, política e Corinthians

O saudoso técnico Telê Santana sempre aconselhou seus atletas sobre os perigos dos gastos excessivos e os benefícios de planejar a vida após o término da carreira. Poucos jogadores seguiram tão bem as dicas do treinador sobre aposentadoria quanto Marcelinho Carioca.

Revelado nas categorias de base do Flamengo, aos 16 anos, e promovido ao time principal pelo próprio Telê, Marcelo Pereira Surcin, que pouco tempo depois se tornou um dos maiores ídolos da história do Corinthians, seguiu à risca as orientações do técnico. Hoje, aposentado dos gramados e com 39 anos, o Pé de Anjo, como ficou conhecido, se dedica a outras ocupações para continuar na ativa.

Marcelinho se despediu oficialmente do futebol no dia 13 de janeiro de 2010, quando atuou 45 minutos em um amistoso entre Corinthians e Huracán (ARG), no Pacaembu. Desde então, trocou camisa, calção e meião pelos trajes sociais. Construiu um resort esportivo de 221 mil m², em Atibaia (SP), para o intercâmbio de jogadores, se filiou a um partido político para concorrer ao cargo de Deputado Federal nas eleições de 2010 e, por último, tornou-se empresário de atletas.

Marcelinho fala sobre aposentadoria

A ideia de investir em novas profissões após pendurar as chuteiras não surgiu de uma hora para a outra. O ídolo corintiano garante que sempre pensou sobre o que faria quando deixasse o futebol profissional, planejamento que garante a ele uma situação financeira bem diferente de outros atletas que atuaram na mesma época, caso dos ex-atacantes Müller e  Macedo, que não conseguiram administrar o dinheiro conquistado ao longo da carreira.

– Falta ao jogador planejar melhor a sua aposentadoria. Se ele não fizer um plano de vida e se blindar contra empresários picaretas, vai viver em um mundo de ilusão, porque faz contratos milionários e depois, quando para de jogar, não tem mais aquela verba. Aí ele fica com um padrão de vida altíssimo e se não tiver uma receita adequada, quebra. Eu consegui fazer esse planejamento.

Além disso, Marcelinho faz questão de destacar algumas pessoas que serviram de espelho e colaboraram para que ele fizesse o chamado “pé de meia”.

– Conversava bastante com o Telê Santana sobre isso. Também falei com Luis Paulo Rosenberg (Diretor de marketing do Corinthians), Zico, Edinho, Júnior e Zinho. Eu olhava quem era o staff deles. Perguntava quem cuidava da parte financeira, como eles investiam o dinheiro e o que fariam quando parassem. Tive essas orientações e graças a Deus deu tudo certo.

Jogar bola é coisa do passado

Com as novas responsabilidades, a postura do ídolo corintiano também não é a mesma de anos atrás. Sentado próximo a cozinha de seu luxuoso resort, que conta com acomodações para 44 pessoas, campo de futebol com medidas oficiais e academia, o aspirante a Deputado Federal apresenta gestos comedidos, olhar firme, entonação de voz forte para responder qualquer tipo de pergunta, além de expor suas ideias de maneira mais cuidadosa.

Marcelinho durante evento político

Em um ambiente político recheado de ex-celebridades, caso do palhaço Tiririca e do ex-BBB Jean Wyllys, é visível o esforço de Marcelinho para evitar, a qualquer custo, o estereótipo de “apenas mais um artista” envolvido no poder público. Nem de longe lembra aquele atleta que teve o nome ligado a diversas polêmicas ao longo da carreira.

– Posso ter sido jogador, mas eu estudei. Fui por uma vertente diferente. Sempre me informei, me preocupei com a minha cultura, com a dicção e em ser uma pessoa bem informada. Quando você se preocupa com isso, as pessoas te respeitam.

Um dos principais desafios enfrentados pelo ex-atleta foi separar a vida política da imagem de ídolo corintiano. Ciente de que sua ligação com o clube jamais será esquecida, o Pé de Anjo teve que aprender a deixar de lado a paixão pelo Corinthians para analisar melhor determinados assuntos, como, por exemplo, o incentivo fiscal de R$ 420 milhões liberado para o Itaquerão, futuro estádio do Timão.

– Eu não concordo em usar dinheiro público na construção de uma instituição privada. A partir do momento que você abre esse espaço para determinada agremiação, vai ter que abrir para todas as outras. Todos sabem que São Paulo tem estrutura, lógico que com algumas adaptações, para receber uma abertura de Copa do Mundo. O próprio Morumbi tem essa condição. Então eu nem vou pelo lado da emoção, de ser corintiano. Eu quero ver o bem para a cidade de São Paulo. […] Se eu falar como torcedor, vou dizer que é maravilhoso, principalmente para mim. Mas eu quero ver o bem da sociedade. O dinheiro público deve ser usado em educação, transporte e segurança.

As novas funções também fazem a agenda do ex-meia ser tão apertada quanto nos tempos em que tinha a bola como instrumento de trabalho. Seu celular toca a cada cinco minutos e encontrá-lo disponível para “jogar conversa fora” ao telefone é quase impossível. Desde que pendurou as chuteiras, aproveita o pouco tempo livre que resta com a família e amigos.

– Eu estou sempre com os meus filhos e com meus amigos. Quero sempre estar perto dos meus amigos. Fiquei muito tempo dentro de uma concentração e não aproveitei a vida. O tempo livre que tenho, divido entre eles.

Tantas obrigações e pouco lazer fizeram com que o Pé de Anjo praticamente deixasse o futebol de lado. Enquanto outros ex-atletas sofrem para se desligar do esporte e ingressam em campeonatos de showbol, Marcelinho chega a ficar quatro meses sem disputar ao menos uma pelada, o que, segundo ele, não faz falta. Agora, se limita a acompanhar de perto o início de carreira dos filhos Lucas (17), que vai disputar a próxima Copa São Paulo pelo Red Bull, e Matheus (13), que joga no São Caetano. Além dos garotos, também é pai de Marcella (13).

– Não sinto falta de jogar, nem tenho visto muito. Às vezes tenho que acompanhar porque tenho alguns atletas e preciso saber como está o futebol no mundo, mas não sinto falta nenhuma. Eu suguei o máximo que podia. O futebol me preparou, educou, deu amigos e ensinou muita coisa.

Com dez títulos no Corinthians e mais de 500 gols na carreira, além de passagens por times da Espanha, Japão, Emirados Árabes e França, Marcelinho se diz realizado como profissional. Tanto que nega qualquer tipo de frustração por nunca ter se firmado na seleção brasileira, mas, sem a menor modéstia, garante que poderia ter disputado três Copas do Mundo. Sem citar nomes, ele acredita que “forças ocultas” atrapalharam sua sequência com a camisa do Brasil.

– Eu sei que tinha condições de fazer parte da seleção nas Copas de 94, 98 e 2002. Creio que não fui (convocado) por “forças ocultas”. Se você vem como o melhor jogador dos campeonatos do Brasil de 93 até 2001, ganha bola de ouro,  mantém uma sequência de oito anos ganhando prêmios, é convocado para todas as seleções de base e não faz parte de um grupo de 22 jogadores?  São “forças ocultas” […] Posso dizer que não deixaram eu manter uma sequência na seleção como eu tive no Flamengo e no Corinthians.

Minha vida, minha história, meu amor

Se tem um assunto que Marcelinho adora conversar é sobre o Corinthians. Sua identificação com Timão continua tão forte que nem mesmo a pouca utilização no ano do centenário tira o ex-craque do sério. Em 2010, foi nomeado embaixador corintiano e participaria uma série de ações de marketing para divulgar a marca do clube, mas foi preterido pela diretoria e sua imagem foi pouco utilizada. Mesmo certo de que poderia ter sido aproveitado de uma forma mais “atuante” e sempre cuidadoso para não citar nomes, ele garante não guardar mágoas.

– Tenho que entender que as pessoas, os comandantes têm outros pensamentos e preferências. Eu acho que contra fatos não há argumentos. São dez títulos, sou o quinto maior artilheiro da história do Corinthians, sou apaixonado pelo clube, tenho grandes amigos lá e não ganhei nada sozinho. O que eu fui como atleta profissional, devo ao Sport Clube Corinthians Paulista. Ser embaixador no ano do centenário foi um reconhecimento por tudo o que fiz no clube e isso me deixa feliz.

Marcelinho é apresentado como 'Senhor Centenário'

Embora distante e com pouco tempo para acompanhar o Timão no Campeonato Brasileiro, Marcelinho não esconde a sua opinião sobre o elenco atual.

– Vejo um elenco sem estrelas, mas com a mística da camisa alvinegra, com o coração na ponta da chuteira, e tem um treinador que entendeu a linguagem dos jogadores. É lógico que ainda faltam algumas peças de reposição, mas é um sério candidato à conquista do Campeonato Brasileiro. Acho que o Corinthians é mais emoção do que razão.

Apesar dos elogios, o Pé de Anjo não acredita que algum jogador do elenco possa se tornar um grande ídolo corintiano. Para ele, a nova realidade do futebol, que consiste em pouca identificação dos jogadores com os clubes, impossibilita o surgimento de um novo Marcelinho Carioca no Timão.

– Acho difícil não só no Corinthians, mas em qualquer time grande porque se o cara arrebentar ele já vai ser convocado para a seleção e ganhará visibilidade. Será que ele vai querer ficar sete, oito ou nove anos em um time? Arriscado a sofrer represálias de uma torcida? A pagar um preço? Está complicado segurar o Neymar e o Ganso mesmo eles ganhando bem no Santos. Pode até surgir, mas eu acho difícil.

Agora, se algo tira a paciência do ex-craque é o assédio da imprensa sobre a sua vida política. Em uma das inúmeras ligações que recebe, é avisado de que um site havia publicado a informação de que ele seria candidato à prefeitura de Ferraz de Vasconcelos (SP), informação prontamente negada.

 – Estou me preparando para ser Deputado Federal e sai isso? É cada mentira!

Preocupado com a possível repercussão, Marcelinho se despede, pega o celular e, a passos acelerados, vai ao computador checar quais sites publicaram a notícia. Mais uma turbulência para o ex-jogador e que não combina nem um pouco com a vida pacata que um aposentado deveria ter.

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